Encilha do cavalo



Como encilhar o cavalo??
Dicas campeiras valiosas você assiste em:

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Restaurante Giardino di Pietra - Gramado RS


As delícias deste lugar acolhedor e saboroso você confere em:


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Santiago de Compostela - Caminhos da Fé

Uma viagem literária para Santiago de Compostela conquistando os Caminhos da Fé.

Confira no vídeo:


http://www.youtube.com/watch?v=orVxHU3DN8I


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Chimarrão!



Bebida típica do Rio Grande do Sul, esta é própria para climas mais frios por ser sorvida com água quente e algumas vezes com chás em anexo.
A erva mate que é a base desta tradição gaúcha não deixa de ser um tipo de chá, mas apenas saboreado com esta técnica tão especial.

Confira mais desta particularidade tão tradicional para o povo do sul do Brasil no vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=NHf0jGjC5so&feature=channel_page

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La Pizza Mia _ Dia do Vinho

Conversando com quem entende de vinho, o Brasil RS pode conferir um pouco mais desta paixão pela bebida pura uva e sentimento.

Confira mais no vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=I-AIBp1cGHQ&feature=channel_page




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Mapas??? Onde???

Precisamos de mapas!!!
Quem viaja deve levar sempre um consigo ... e quem não tem não sabe como é difícil encontrar a carta certa para se encontrar! Hehe !!
O Brasil Rs saiu a caça de vários tipos de mapas para diferentes situações .. e... não foi fácil se localizar!!!
Previna-se. Procure o mapa que vai guiar você com antecedência, e, não saia de casa sem ele. Uma viagem mais tranqüila e organizada você terá com certeza.

Confira mais desta nossa procura no vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=EDvZzAE_6vA&feature=channel_page




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A cultura do doce em Pelotas - RS - Brasil

Segundo a tradição, "Doces Finos" são aqueles fabricados de acordo com as tradicionais receitas trazidas pelas famílias portuguesas ou pelos filhos de charqueadores que viajavam pela Europa para a região sul do estado do Rio Grande do Sul. Por serem feitos com ingredientes caros ou raros, e servidos somente em festas de alta classe, tornaram-se uma especiaria que remete ao glamour, à riqueza e à prosperidade.

Os mais tradicionais doces de Pelotas:
Camafeus - doces de nozes moídas cobertos com glacê, decorados com meia noz.
Fatia de Braga - doce de massa de amêndoas oriundo da cidade de Braga.
Ninhos - doce de fios-de-ovos recheado com doce de ovos.
Pastel de Santa Clara - massa fina e delicada, assada em forno com recheio de ovos moles.
Ovos-moles - doce à base de gemas e açúcar (tradicional ovos moles de Aveiro).
Trouxa de amêndoa - mesma Lampreia em tamanho pequeno.
Bem-casado - casal de bolinhos, unidos com ovos moles de Aveiro e glaceados.
Carioquinha - doce de coco ralado em sua própria água, cozido em ovos moles e glaceado.

Com o passar do tempo e a chegada da industrialização, as receitas tradicionais trazidas pelos imigrantes foram sendo aperfeiçoadas pelos seus descendentes, (como exemplo o Pastel de Santa Clara) que superaram a genialidade dos doces portugueses e tornaram a cidade de Pelotas referência no Brasil em matéria de doces.
Algumas receitas para adoçar o conteúdo:




CAMAFEU
Ingredientes
1kg de nozes moídas
8 colheres de sopa rasas de açúcar
4 ovos
6 colheres de sopa de leite
1/2 xícara de bolachinha Maria moídas
Modo de preparar
1. Misture todos os ingredientes e leve ao fogo até
aparecer o fundo da panela;
2. Faça os docinhos ovais, com as mãos passadas na
manteiga, com a massa ainda morna;
3. Coloque todos os docinhos num tabuleiro de tela
para glacear
Glacê de cobertura
Ingredientes
250g de açúcar de confeiteiro
2 colheres de sopa de rum
3 colheres de sopa de água quente
Modo de preparar
1. Misture bem todos os ingredientes;
2. Despeje sobre os docinhos e embaixo deixe uma
assadeira para pingar;
3. Ainda úmido coloque uma metade da noz em cima
do doce




Pastel de Santa Clara
Ingredientes
1/2 kg de farinha de trigo
1 ovo
Salmoura
1 colher de sopa de manteiga
Modo de preparar
1. Coloque a farinha em uma tigela e misture com o
ovo, a salmoura e uma colher de manteiga, o
suficiente que dê para sovar, até que forme bolhas,
tendo sempre o cuidado de polvilhar a massa com
farinha;
2. Cubra a mesa com uma toalha de linho bem
esticada;
3. Coloque a massa em cima e procure distendê-la o
mais possível;
4. Seque a massa com estufa ou secador de cabelo;
5. Borrife a massa com um pouco de manteiga
derretida;
6. Corte em quadrados e recheie com ovos moles;
7. Feche como se fosse um pacote;
8. Leve ao forno para assar tendo o cuidado para que
não dourem.




Quindim
Ingredientes
20 gemas
500g de açúcar
1 coco grande ralado
2 colheres de sopa de manteiga derretida
açúcar para polvilhar
Modo de preparar
1. Passe as gemas pela peneira;
2. Faça uma calda em ponto de fio com o açúcar;
3. Tire do fogo, deixe esfriar um pouco e acrescente a
manteiga sem mexer;
4. Leve para assar em banho-maria, untando as forminhas
com manteiga e polvilhando com açúcar.



BEM-CASADO
Ingredientes
3 claras
6 gemas
250g de açúcar
250g de farinha de trigo
1colher de chá de fermento em pó
Modo de preparar
1. Bata as claras em neve e acrescente as gemas uma
a uma, sempre batendo;
2. Acrescente o açúcar, aos poucos, sempre batendo,
até fazer bolhas;
3. Junte a farinha de trigo e o fermento, levemente;
4. Unte e enfarinhe uma assadeira e coloque a massa
às colheradas;
5. Leve ao forno quente até começar a dourar;
6. Depois de assados os esquecidos, com o auxílio de
uma faca faça uma cova e recheie com ovos moles,
unindo os dois esquecidos;
7. Cubra com o glacê e coloque os confeitos ainda
molhados.
Glacê de bem-casados
Ingredientes
500g de açúcar refinado
1 xícara de água
Modo de preparar
1. Faça a calda até o ponto de bala mole;
2. Despeje numa tigela e bata até o ponto de massa;

* A Cultura Doceira de Pelotas foi herdada de Portugal através das riquezas trazidas junto com os imigrantes que vieram em meados do século XIX.Os imigrantes portugueses trouxeram em sua bagagem os maravilhosos: ninhos, fios-de-ovos, babas-de-moça, camafeus, papos-de-anjo, canudinhos recheados, pastéis de Santa Clara e outros mais.
Os imigrantes italianos e alemães também tiveram parte nessa cultura, pois trouxeram e criaram suas fórmulas doces. Naquela época, todas as festas eram regadas a doces, já que para os imigrantes, doce e açúcar eram sinônimos de comemoração. Cada família tinha a tradição de passar suas receitas de geração em geração.Chegamos à era da industrialização dos alimentos, que se uniu à confecção artesanal dos doces e fez crescer cada vez mais a produção local. Hoje, podemos dizer que os doces de Pelotas são conhecidos pelo Brasil inteiro.





Doces caseiros

Doces caseiros geralmente são confeccionados com frutas da época, como banana, pêssego, morango, abóbora, e outros. Como Doces Caseiros, podemos encontrar compotas, schimias ou geléias, doces cristalizados, e doces em pasta.

Compotas são doces preparados com frutas ou legumes inteiros, em calda rala. É uma forma de conservar as frutas de estação para consumi-las o ano inteiro. As compotas se conservam por muitos meses quando acondicionadas em vidros esterilizados e bem tampados, além de guardadas em geladeira. Também podem ser preparadas diretamente em recipientes próprios para compotas, encontrados nas casas especializadas em utensílios domésticos, cozidas em banho-maria hermeticamente fechadas.


Schimias ou Geléias são doces de frutas preparados para serem utilizados como coberturas de pães, bolachas e tortas.


Doces Cristalizados são frutos cozidos, mergulhados em calda de açúcar e água polvilhados com açúcar cristal.


Doces em Pasta são feitos com fruta, água e açúcar, fervidos até obterem uma consistência que, após esfriar, possam ser cortados.




Algumas receitas mais:


Bananada, batatada, figada, goiabada, marmelada ou pessegada

Ingredientes
1kg de banana, batata-doce, figo, goiaba,
marmelo ou pêssego
800g de açúcar
água o suficiente

Modo de preparar
Leve as frutas ao fogo, com água para cozinhar,
previamente descascadas, descaroçadas e
cortadas. Quando estiverem macias, escorra em
uma peneira de taquara, deixando escorrer até
o dia seguinte. Pese a massa: para cada quilo da
mesma, acrescente 800g de açúcar. Leve ao
fogo, mexendo sempre, até aparecer o fundo da
panela. Coloque o doce em caixetas de madeira
forradas, e exponha ao sol por 2 ou 3 dias, até
ficar uma camada açucarada por cima.



Doce de abóbora ou de batata doce

Ingredientes
1kg de abóbora ou batata-doce
800g de açúcar
água o suficiente
cravo e canela

Modo de preparar
Em uma panela de pressão, coloque a
abóbora ou batata-doce (previamente
descascadas e picadas), com um pouco água,
canela e cravo a gosto e o açúcar. Mexa bem
e leve para cozinhar. Quando soltar a
primeira pressão forte, o doce estará pronto.
Para fazer o doce desmanchado, leve
novamente ao fogo e mexa sempre. Coloque
colheradas em uma peneira de taquara para
esfriar, e exponha ao sol para secar.



Figo Cristalizado

Ingredientes
2kg de figos
1,5kg de açúcar
1 litro de água
açúcar cristal para polvilhar

Modo de preparar
Fure as frutas com garfo ou faca, leve para ferver
(sempre coberto) em tacho de cobre com uma
pitada de sal. Deixe a fruta esfriar na própria água
da fervura. Escorra a água e passe o figo para um
pano ou saco plástico. Leve ao congelador e
espere congelar. Descasque as frutas em água
corrente. Coloque em uma vasilha com água e
deixe voltar á temperatura ambiente. Troque a
água e leve ao fogo. Aqueça até o ponto da
fervura, escorra e passe para a calda (de 1,5kg de
açúcar e 1 litro de água). Deixe ferver por cerca de
10 minutos. Retire do fogo e deixe em repouso, de
preferência em um outra vasilha, de um dia para
outro.
No dia seguinte leve ao fogo novamente até que a
calda engrosse e ferva miúdo. Escorra as frutas em
uma peneira e leve ao sol para secar em um
tabuleiro ou peneira (não pode ser metal). Antes
de irem para o sol as frutas devem ser passadas
em açúcar cristal.
Mais doces detalhes em :

DETALHANDO




Em toda viagem, no fim, são os detalhes que fazem a diferença, e o carimbo “Detalhando” mostra essas pequenas coisas, que garantem uma viagem grandiosa e inesquecível. Se você se interessa em saber quais os detalhes que fazem a diferença pelo mundo, não pode ficar de fora deste espaço !! Vamos viajar juntos por ele!!



Confira o vídeo:

http://br.youtube.com/watch?v=LSvDcRX3xK8

CHARQUE

Hoje o Brasil RS esta sentindo de perto o sabor do charque, temperado com história e muita tradição.

A paisagem colabora de forma mística e tranqüila, remetendo o visitante para um clima de relaxamento, contentamento e reflexão.
Depois de algumas horas desfrutando das belezas, fatos, sabores e detalhes da Charqueada S. João, vamos embora deixando para trás fortes momentos de resgate ao passado, da natureza e um gosto de mistura de forças, raças e culturas.

DOCE & CAFÉ



No meio de tantas crenças, culturas e histórias o centro de Pelotas trás uma gostosa rivalidade disfarçada de doce e café:

De um lado “eles”, regados a café e muita conversa.
De outro “elas” saboreando doces e degustando chás.

Café Aquário
O café neste local significa interação, atualidades, conversa, troca de idéias e experiências, amizade, parceria, enfim ponto de encontro com tudo e com todos.
Talvez aqui se viva os bastidores de vários acontecimentos e de muitas histórias que fazem esta cidade acontecer, tudo partindo de um gostoso café.
Doçaria Pelotense
O doce aqui reúne, adoça e aproxima!
Enquanto o chá inspira e embala contos de vida, viagens, sonhos e principalmente experiência.

Lagoa dos Patos

Momentos interessantes estes que o Brasil RS passou aqui na beira da lagoa dos patos.


A colônia de pescadores Z3 tem aspectos que tocam os sentimentos, em termos de beleza e natureza, e o espírito, em termos de sensibilidade e empreendedorismo.

O povo expressa suas características através da qualidade da pesca, do artesanato e da culinária.

Encontramos pessoas empolgadas em suas atividades cotidianas. Dedicadas ao simples fato de fazer o que tem de ser feito.


O diferencial está na forma de fazer, cheia de crença, otimismo e esperança no melhor, que sempre está por vir.

O CHURRASCO

O churrasco, refeição tão importante em nossa cultura brasileira, é preparado geralmente em churrasqueira ou fogo de chão, e temperado somente com sal grosso. Mas em outros lugares do mundo existem grandes diferenças, tanto nos alimentos preparados, tipo de churrasqueira, temperos e acompanhamentos...





Na Churrascaria Lobão ...Conferimos a maior das tradições do Rio Grande do Sul!

O churrasco!

Especialidade do estado, esta carne assada na brasa é referência da tradição, em qualquer canto do Brasil quando se fala em culinária gaúcha.


Além do sabor, o churrasco é uma espécie de ritual, de história e tradição sulista que reúne amigos, irmãos, gaúchos.

Huummm!
Não existe igual!!!
O Rio Grande do Sul é abençoado!

Vinho

Para saber escolher um bom vinho, não é preciso ser um estudioso.
O segredo é beber para conhecer
(oba!)











Pânico.Você está num bom restaurante e o garçom traz a carta de vinhos, grande, pesada, ameaçadora. São mais de 500 itens, garrafas de nomes mirabolantes e origens de todos os cantos do planeta. Uma esfinge para a qual você não tem resposta.
Que fazer?
Branco, tinto? Chileno, italiano? Chardonnay, Merlot?


(Aliás, o que será “merlot” – uma cidade, uma região, uma uva, um tipo de vinho, uma marca?!)

A boa notícia é que nos últimos anos o Brasil passou a importar e a produzir bons vinhos, contando hoje com um estoque invejável de produtos.
A notícia incômoda é que o consumidor não teve ainda tempo nem condições de acompanhar a oferta.
O resultado é que sobrevive entre nós uma aura de esnobismo em relação ao vinho, indicando (falsamente) que, para apreciar a bebida, é preciso ter muito dinheiro e muito conhecimento. Assim, muita gente desiste de experimentar só de imaginar que possam ser necessários anos de estudo e conhecimento para escolher o que beber.


Mas a verdade é bem diferente: há vinhos bons e baratos, assim como é possível apreciar um bom vinho mesmo que não se tenha uma longa experiência na área.Além do mais, quem disse que fazer uma escolha é algo tão aterrador? Será que não existem atalhos para que possamos escolher o que beber, sem que seja preciso carregar um gigantesco cabedal de conhecimento?

A resposta pode ser buscada no dia-a-dia dos apreciadores de bebidas no Brasil. Vejamos o seu caso: você gosta de cerveja? Fica constrangido quando tem que pedir uma cerveja num bar? Provavelmente não, porque sabe bem a marca e o tipo que quer beber. E como chegou a essa decisão? Fazendo cursos? Lendo uma extensa literatura? Provavelmente não: você deve ter bebido mais de uma marca e, por sua experiência pessoal, determinou aquela de sua preferência.


O mesmo pode ser feito com relação ao vinho. Da mesma forma como faz o cervejeiro, aquele que quer beber vinhos com freqüência não precisa começar pelos livros ou pelos cursos, mas pelo seu próprio prazer.É seu paladar, seu gosto, que dirá aquilo que o agrada, o tipo de vinho que prefere.
Isso não quer dizer que, uma vez experimentado um vinho que agrada, o bebedor vá ficar a vida inteira amarrado nele. Em primeiro lugar, porque o gosto,bem como o vinho, evolui – os habitantes da Grécia antiga bebiam vinho misturado com especiarias e água, o que não mudou muito durante a Idade Média, mas já não acontece hoje (a não ser em coquetéis e ponches). Depois, a oferta agora é tão variada que dificilmente alguém gosta somente de um tipo de vinho – a tendência é termos várias preferências.


Mas, para começar, não é mau identificar os vinhos que agradaram o paladar – pode até tomar nota de seu nome –, da mesma forma que convém ir memorizando aqueles que desagradaram, para que sejam evitados. O apreciador curioso terá cada vez mais prazer, cada vez que vai ao supermercado ou à importadora, ao comprar uma garrafa daquele vinho que já sabe que aprecia, e ao mesmo tempo comprar uma outra que não conhece (seja pega ao acaso, seja por indicação de amigos ou de algum artigo na imprensa especializada). É muito gostoso experimentar um vinho novo, cotejá-lo com suas preferências. Se gostar, vai para a lista dos que você poderá pedir numa próxima compra ou no restaurante. Senão, vai para a lista negra.
O tipo de vinho importa
Com o tempo, você vai notar que muitos dos seus vinhos do coração têm coisas em comum. Por exemplo: são todos argentinos ou espanhóis ou gaúchos. Como cada país tem determinadas características climáticas, de terreno, de tradições de cultivo e de produção da bebida, ocorre que seus vinhos tenham algumas características comuns.
Talvez você prefira a fineza dos vinhos franceses (mais sutis e delicados na boca) à potência dos californianos (de sabores marcantes), ou vice-versa. Outro exemplo: você pode perceber que, independentemente do país, os vinhos de que você tende a gostar são feitos com a mesma uva, e então você descobre que tem uma queda pela Chardonnay (de vinhos brancos), ou pela Cabernet Sauvignon (de tintos) – duas uvas tradicionais das regiões francesas da Borgonha e de Bordeaux,respectivamente, mas que hoje dão origem a vinhos em inúmeros países produtores. Sendo assim, quando for ao restaurante, já sabe que pedirá um vinho daquela região ou daquela uva preferida, o que reduz em algumas centenas o leque de opções disponíveis. É normal que pessoas se afeiçoem a determinadas uvas, pois cada uma delas tem características aromáticas e de sabor bem típicas.
Química do vinho
Não há limites para essas sensações. Todos já viram aquela caricatura do apreciador de vinhos que sente cheiros aparentemente bizarros como de asfalto ou de estrebaria nas amostras que está experimentando. Ou então aquelas descrições de vinhos que relatam aromas de banana, de baunilha, de cereja, que mais parecem alucinações dos degustadores.Afinal, como é possível que um vinho originário de um vinhedo onde não há nem sombra de cerejas ou de violetas tenha aroma dessa fruta e dessa flor?
Pois a verdade é que eles podem ter, mesmo, tais perfumes – mas por mera casualidade, não pela proximidade física. Se um Beaujolais nouveau tem aromas de banana, isso não significa que essa região francesa tenha uvas plantadas no meio de um bananal. Significa apenas que, durante a confecção do vinho, as transformações químicas naturais por que passa o suco de uva levaram à formação de moléculas responsáveis por aromas que, casualmente, são as mesmas moléculas responsáveis pelo aroma da banana. O mesmo acontece com os cheiros de ameixa (no caso de um vinho jovem da uva Cabernet Sauvignon), de baunilha (um vinho da uva Chardonnay ou outras fermentado em barris de carvalho), de pimentão (o Cabernet Sauvignon), de frutas cítricas (um vinho de uva Sauvignon Blanc), de frutas em compota (vinho do Porto), de tabaco, de couro, de chocolate e de inúmeras outras frutas, flores, vegetais e incontáveis objetos que podem acender nossa memória olfativa.
Ah, os aromas...
Mas nem sempre é fácil, para quem começa a beber, fazer associação entre um aroma e algum outro produto que já tenha passado por seus sentidos. E isso não é problema: ninguém precisa perceber que tal vinho tem gosto de abacaxi para apreciá-lo: se gostou do vinho, basta.Vale a pena beber. No entanto, à medida que se bebe mais, e mais se presta atenção, mais se consegue identificar a riqueza das sutis gamas de sabores e aromas de cada bebida. Para que serve isso? Apenas para uma coisa: amplificar nosso prazer. Assim como um amante da música pode curtir com mais intensidade um concerto quando ele é capaz de divisar o som de cada instrumento e admirar a performance de cada músico, da mesma forma o apreciador de vinhos terá mais emoção à medida que conseguir identificar com mais detalhes a qualidade da bebida que está sorvendo.
Para chegar a esse ponto, o melhor caminho é a prática. Quanto mais vinhos bebermos, maior nosso leque de informações em todos os sentidos – teremos mais marcas, uvas e regiões de que sabemos se gostamos ou não.A forma mais eficiente de fazer isso é o estudo sistemático. E uma forma prazerosa de fazê-lo é participar de cursos de degustação, ou mesmo montar com amigos grupos de degustação, para experimentar vários vinhos, cotejando- os lado a lado.
Será tudo isso necessário? Não. O principal é experimentar e aprender, por si só, suas preferências, e adotá-las quando for ao mercado ou ao restaurante. Quem tiver mais interesse pode aprofundar as degustações, seja em cursos ou com amigos. Nunca vi uma seção dessas (algumas horas bebendo vários vinhos) em que alguém saísse sem aprender um pouco mais, e sem um estupendo bom humor.
Gosto não se discute
“Não sei dizer se este vinho é bom ou não, pois não entendo nada de vinho” – eis uma frase tão comum quanto falaciosa. E quem disse que é preciso entender de vinho para saber se determinado vinho é bom ou não? Para saber a resposta, basta um teste simples: colocar um bom e um mau vinho diante de alguém que não entende do assunto, para que ele os compare. Por menos experiente que seja, o bebedor, ao comparar as amostras, com certeza apontará como melhor o vinho que de fato é bom. Mesmo que, por falta de experiência, não tenha repertório para explicar precisamente por que gostou mais de um que de outro.
E o que significa dizer que um vinho é bom? É simples: o vinho contém certas características que, se combinadas harmoniosamente, darão a sensação de uma bebida equilibrada, gratificante para o paladar. Todo vinho tem acidez, tem álcool, tem amargor, tem açúcar. Os vinhos tintos têm também taninos (que, quando muito jovens ou intensos, dão uma sensação de amarrar a boca, como o caju ou a banana verde). Todos esses elementos são desejáveis no vinho.
No entanto, se um deles se sobressai muito em relação aos outros, compromete o equilíbrio da bebida. E qualquer pessoa percebe que algo está errado ali.
Por exemplo, um pouco de acidez é desejável nos vinhos, pois lhes dá vivacidade. Mas um vinho muito ácido é obviamente desagradável. O mesmo se pode dizer do amargor ou dos taninos. Ninguém precisa ser especialista para perceber que não é bom um vinho que queima na boca por estar excessivamente alcoólico, ou que dói nas mandíbulas pelo excesso de amargor.
Portanto qualquer pessoa, treinada ou não, pode apreciar um bom vinho e rejeitar um que seja ruim. Esse equilíbrio na bebida vale tanto para um vinho encorpado (que deixa uma sensação de “peso” na boca, ocupa todos os espaços do paladar com seu corpo) da Califórnia quanto um mais leve do Vêneto italiano (como o Valpolicella, por exemplo). Por isso, além de verificar se o vinho é de qualidade, cada um tende a escolher o estilo que mais o agrada.
O que manda é o gosto pessoal. Que cada um vai descobrir e cultivar com base na própria experiência, acumulada em goles anteriores.


Com que tipo eu vou?
Uma das mais complicadas operações na escolha de vinhos é decidir qual deles combina melhor com determinado prato. Grandes sommeliers (responsáveis pelo serviço de vinhos) mundo afora dedicam horas de seus estudos a definir tais combinações. Algumas são clássicas e vêm das tradições da região em que o vinho é produzido. Outras são inesperadas e devem ser estudadas caso a caso. Uma coisa para profissionais, portanto. Mas quem não é profissional pode amparar-se em algumas regras elementares para ter sempre vinhos que, no lugar de se chocar com a comida, realcem as qualidades de ambos.
A primeira regra – válida aliás para qualquer casamento – é que nenhum dos dois componentes pode ofuscar, se sobrepor ao outro: se o prato é um delicado peixe no vapor, não se pode tomar um potente vinho tinto (pois na boca prevalecerá o gosto da bebida, e o sabor do peixe desaparecerá). Nesse caso, melhor um branco leve. Vale o oposto: se o prato é muito potente (um untuoso guisado de javali, por exemplo), um vinho leve vai desaparecer na boca, parecerá aguado e sem graça. Nesse caso, melhor um vinho tinto encorpado.
Assim, faz sentido, ao menos em termos gerais (aceitando exceções), a norma popular que recomenda vinho branco para peixes (ambos normalmente mais leves), e vinho tinto para carnes (ambos geralmente mais potentes, saborosos). Outra harmonia comum é a das sobremesas com vinhos doces: o açúcar de ambos tende a se compensar e, ao invés do resultado ser uma sensação doce demais, o que acontece é que a doçura do vinho ameniza a doçura da sobremesa e vice-versa, produzindo um resultado harmonioso.


Em outros casos, a harmonia se dá por oposição. Por exemplo, com pratos muito gordurosos, escolhemos aqueles vinhos mais secos, jovens e adstringentes: a gordura amacia a rispidez e os taninos da bebida, enquanto esta diminui a sensação de gordura do prato




















por Josimar Melo

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